TÍTULO DO SIMPÓSIO:
Trânsitos e traduções pela literatura e cultura italianas
PROPONENTES:
Erica Aparecida Salatini Maffia (UFBA) - ericasalatini@gmail.com
Lucia Wataghin (USP) - luciawataghin@gmail.com
Patricia Peterle (UFSC) - patriciapeterle@gmail.com
Laura Cristhina Fiore Ferreira (pós-doutoranda USP)
A tradução de poesia é um tema bastante controverso nos estudos da tradução. Se de um lado temos quem alegue que poesia não pode ser traduzida porque não é possível transpor para a língua de chegada os recursos da língua de partida utilizados pelo poeta, há outros que argumentam que a poesia pode ser traduzida como um texto qualquer. Entre essas duas posições, BRITTO (2012) entende as perdas são inevitáveis e que cabe ao tradutor analisar o poema e destacar quais são os elementos essenciais que deverão ser mantidos na tradução para reduzir os efeitos das perdas ao mínimo possível. Com base nesse argumento, este trabalho pretende apresentar a tradução do poema L’inganattore, da poeta Amalia Guglielminetti, publicado na obra Le seduzioni, em 1909, focando nos desafios encontrados nesse processo tradutório, que englobam a análise da poesia do ponto de vista formal, as rimas, o ritmo do poema, as aliterações encontradas e as questões semânticas enfrentadas. Com base nessa análise, apontaremos as perdas ocorridas e as compensações propostas, no que ECO (2003) chama de “negociação”, no sentido de que o tradutor, sendo antes de tudo um leitor que interpretará o texto estrangeiro, poderá negociar com o próprio texto ao fazer suas opções, sendo assim m processo em que se renuncia a algo para que, mais adiante, se obtenha outra coisa, num jogo de compensações que tende a equilibrar a tradução.
PALAVRAS-CHAVE: Tradução, Poesia, Amalia Guglielminetti
REFERÊNCIAS:
BRITTO, P.H. A tradução literária, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012
ECO, U. Dire quasi la stessa cosa, Milano: Bompiani, 2003
GUGLIEMINETTI, A. Le seduzioni. Torino: Lattes, 1909