TÍTULO DO SIMPÓSIO:
Dante Alighieri e outros autores italianos e brasileiros: entre o maravilhoso, o fantástico e o mitológico
PROPONENTES:
Maria Celeste Tommasello Ramos (UNESP - Campus de São José do Rio Preto - SP) - mct.ramos@unesp.br
Ionara Satin (UNESP/Araraquara) - ionarasatin@gmail.com
Iolanda Guilherme Assis da Silva (doutoranda USP)
Partindo do questionamento “Por que a poesia de Dante não envelhece?”, feito pelo poeta Mario Luzi, busca-se nessa comunicação apontar alguns elementos que produzem a identificação do leitor moderno com a poesia de Dante, tendo como fio condutor a oposição entre pedra e luz, com referência na leitura crítica de Haroldo de Campos, e entre peso e leveza, com referência nas considerações de Italo Calvino nas Lições americanas, principalmente no ensaio visibilidade, unidas com as descrições das sensações da personagem Dante, que podem ser analisadas sob o viés teórico da materialidade da literatura. Através desse percurso quer-se pensar a discussão que permeia toda a Divina Commedia sobre o papel da imaginação e da criação poética, Poi piovve dentro a l’alta fantasia (Purg. XVII, v.25), comentando centralmente trechos do Purgatório, que é caracterizado por De Sanctis como sendo a cântica mais “pictórica e fantástica”, buscando entender como essa questão está intimamente ligada a toda a concepção teo/ideológica do poema, na divisão dos planos do além mundo, mas também a uma reflexão sobre as possibilidades da expressão poética e a registros linguísticos diversos, que nos trazem questões pertinentes para entender a mágica da poesia de Dante, tão profundamente ligada a seu contexto de produção e ao mesmo tempo, universal.
PALAVRAS-CHAVE: Dante, Recepção, Poética
REFERÊNCIAS: