TÍTULO DO SIMPÓSIO:
As dobraturas poéticas de Dante em D'Annunzio
PROPONENTES:
Flora De Paoli Faria (UFRJ) - paolif@letras.ufrrj.br
Fernanda Gerbis Fellipe Lacerda (UFRJ) - fernandagerbis@gmail.com
Annita Gullo (docente UFRJ)
Dante Alighieri e Gabriele D’Annunzio, dois grandes expoentes da literatura italiana, em períodos distintos, são, reconhecidamente, expressões marcantes da identidade linguística da península itálica. A Dante devemos, no Trecento, a escolha do vulgar florentino como modelo ideal da nova língua literária para a Itália, com a qual construiu sua obra maior - a Divina Comédia, escrita inteiramente em florentino, lançando a base para um modelo de língua. Já D’Annunzio, entre o final do século XIX e início do XX, após a unificação política e linguística italiana, mesmo não tendo escrito nenhum tratado sobre a questão da língua italiana, esta assume um valor primordial para o poeta, enriquecendo ainda mais a língua de Dante. Nesse trabalho buscaremos trazer observações originais que aproximam Dante a D’Annunzio pois sabemos que nossos poetas percorreram várias regiões da península, de norte a sul, traçando uma verdadeira geografia linguística e cultural da Itália. E dentre as várias regiões italianas citadas destacamos a Calábria, colocada por Dante no Paraíso, canto VIII da Divina Comédia. Já para D’Annunzio a Calábria é o lugar das essências, dos perfumes que inspiram a sua criação. Portanto, o foco desta apresentação é a presença da Calábria na vida e nas obras dos dois poetas, estudo ainda pouco explorado pela crítica.
PALAVRAS-CHAVE: Dante, D’annunzio, Identidade Linguística Italiana, Calábria
REFERÊNCIAS:
DE MAURO, Tullio. Storia linguistica dell’Italia unita. Roma: Laterza, 1970.
MARAZZINI, Claudio. La lingua italiana. Profilo storico. Bologna: Il Mulino, 1998.
Migliorini, Bruno (19633), Gabriele d’Annunzio e la lingua italiana, in Id., Saggi sulla lingua del Novecento, Firenze, Sansoni, pp. 293-323 (1a ed. 1941).