Lembrar Senha

Metodologias ativas: criatividade e inovação no ensino/aprendizagem de língua italiana

- Lívia De Lima Mesquita (Università di Venezia/Universidade Federal do Ceará - livia.delimamesquita@unive.it)
- Nara Avelar Brito (Universidade Federal do Ceará - naraavelar@ufc.br)

RESUMO: O docente como transmissor de informações e ancorado em estratégias mnemônicas para a avaliação dos estudantes deixou de fazer sentido na sociedade da informação, em que conteúdos, informações e ideias são amplamente acessíveis, desde que o aprendente tenha acesso à internet (MORAN, 2015). No lugar dessas estratégias, que funcionavam como simples vetores de informações, vêm se consolidando as metodologias centradas no aprendiz, que buscam balancear o poder entre professores e alunos, a função do conteúdo, o papel do professor, a responsabilidade pela aprendizagem, além do propósito e dos processos de avaliação (WEIMER, 2002). Essas metodologias podem ser compreendidas dentro do termo guarda-chuva "aprendizagem ativa" (PRINCE, 2004), que encerra as pedagogias focadas na atividade e no engajamento dos estudantes no processo de aprendizagem, ao envolvê-los no processo de fazer algo com aquilo que aprenderam, estimulando, assim, o pensamento crítico. Criticidade e criatividade são, por sua vez, conceitos inextricavelmente interligados, pois não se pode quebrar limites sem ser crítico, e a melhor expressão da criticidade é a criatividade (DARWIN, 2019). Estudos corroboram que a imersão, a inovação, a tomada de risco, a criação de perguntas e o jogo levam à participação, pluralidade, ludicidade, imaginação, promovendo, por conseguinte, aprendizagem significativa (CRAFT, 2012). No caso do ensino de língua italiana, o emprego dessas metodologias criativas e inovativas pode gerar produtivos resultados, tendo em vista sobretudo um dos objetivos do QECR (2001), qual seja, o de "promover métodos de ensino das línguas vivas que reforcem a independência de pensamento, de juízos críticos e de acção, associada a capacidades sociais e a responsabilidade." Este simpósio, portanto, pretende compartilhar ações e pesquisas relativas ao ensino de língua italiana no eixo das metodologias ativas de aprendizagem, buscando traçar um quadro das atividades que vêm sendo desenvolvidas no Brasil fundamentadas nesse tipo de metodologia e, de modo transversal, nas suas consecutivas ramificações: criatividade e pensamento crítico; inovação; abordagem task-based; gamificação; realidade virtual e realidade aumentada; tecnologias digitais; classe invertida; aprendizagem cooperativa e colaborativa; atividades e revisão peer-to-peer; uso de corpora para ensino de línguas; ensino/aprendizagem por projetos; blended learning; escrita criativa; mapas conceituais; argumentação e negociação; multimodalidade; storytelling; mashups; multiculturalidade e outras.

PALAVRAS-CHAVE: metodologias ativas da aprendizagem; criatividade; inovação; abordagem centrada no aprendiz

REFERÊNCIAS:
CONSELHO DA EUROPA. Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas. Aprendizagem, ensino, avaliação (QECR). Porto: Edições ASA, 2001.
CRAFT, A. Childhood in a digital age: creative challenges for educational futures. London Review of Education, 10(2) pp. 173–190, 2012.
DARVIN, R. Creativity and criticality: Reimagining narratives through translanguaging and transmediation. Applied Linguistics Review, Jan. 2019.
MORAN, J. M. Mudando a educação com metodologias ativas. In: SOUZA, C. A.; MORALES, O. E. T. (Org.). Convergências midiáticas, educação e cidadania: aproximações jovens, v. 2. Ponta Grossa: Foca Foto-PROEX/UEPG, 2015.
PRINCE, M. Does Active Learning Work? A Review of the Research. Journal of Engineering Education, 93, 223-231, 2004.
WEIMER, M. Learner-Centred Teaching: Five Key Changes to Practice. San Francisco, CA: Jossey-Bass, 2002.

Ensinar Italiano no Brasil: uma questão de resistência

- Cristiane Lopes Landulfo (Universidade Federal da Bahia - kristamma@hotmail.com)
- Paula Garcia de Freitas (Universidade Federal do Paraná - paulifreitas@hotmail.com)

RESUMO: Segundo a Declaração dos Direitos Linguísticos Universais, a aprendizagem de uma língua estrangeira, juntamente com a língua materna, é um direito de todo cidadão. A Lei de Diretrizes e Bases brasileira de 1996 também levantam essa questão ao tentar, pela primeira vez na História da Educação (Linguística) Brasileira, garantir o acesso a pelo menos uma língua estrangeira aos cidadãos brasileiros. No entanto, nesses mais de mais de 20 anos da promulgação da LDB, as políticas linguísticas praticadas em nosso país parecem ainda negligenciar tais direitos ao submeter a população brasileira a uma escassa oferta de ensino de línguas, o que contribui para a crença de que, no Brasil, "aprender língua estrangeira é para a elite" ou até mesmo que "é irrelevante" no contexto em que vivemos. Por considerarmos que para a construção de um país mais justo, democrático e igualitário, no qual os seus cidadãos possam ser conscientes da realidade sócio-histórico-cultural que o cercam, a aprendizagem de uma língua estrangeira seja fundamental, propomos este Simpósio, que aspira promover a reflexão, especificamente, sobre o ensino do italiano no Brasil, visto que essa é a quarta língua mais estudada no mundo e, em nosso país, é (pouco) ensinada em diferentes contextos. Por meio de apresentações pretendemos promover a reflexão sobre iniciativas e práticas pedagógicas que resistem a todas as formas de minoritarização ou, até mesmo, aniquilamento desse idioma em território nacional. Desse modo, pretendemos promover o debate sobre as políticas linguísticas para a difusão do italiano, materiais didáticos, metodologias de ensino e demais questões que contemplam o ensino e aprendizagem da língua italiana no Brasil.

PALAVRAS-CHAVE: ensino de línguas; italiano; resistência

REFERÊNCIAS:
BRASIL. LEI de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de dezembro de 1996.
ONU. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Disponível em: http://www.onubrasil.org.br/documentos_direitoshumanos.php. Acesso em 28 de março de 2019.

Observando o léxico: usos, criação, especialização, compreensão, produção e tradução

- Angela M. T. Zucchi (Universidade de São Paulo - angelazucchi@usp.br)
- Karine M. R. da Cunha (Universidade Federal do Paraná - karinemrc@hotmail.com)

RESUMO: Este simpósio almeja reunir pesquisas que tenham relação com a observação do léxico em seus variados contextos, estudos e sob diferentes enfoques teóricos, considerando que o léxico é a representação, em unidades linguísticas, de todo saber de uma comunidade de seres humanos e que é através dele que uma cultura é manifestada e sua visão de mundo é estabelecida. A riqueza e variedade lexical é reconhecidamente percebida na forma de expressões artísticas de qualidade, desde os cânones literários até as canções, passando também por roteiros de filmes e histórias em quadrinhos. Ao se manifestar discursivamente, passa-se pelas escolhas lexicais associadas a determinados registros e contextos de uso, existindo, sem dúvida, a possibilidade de criação de novas palavras, os neologismos, fenômeno linguístico que é o objeto de estudo da Neologia. De outro modo, mas, similarmente, na invenção narrativa de novos mundos em outras dimensões, o demiurgo autor dá nomes às suas criações e nesse campo das nominações e denominações, encontram-se os estudos da Onomástica. Se de um lado, a expressão no viés artístico determina um uso criativo e inusitado do léxico, de outro, na comunicação que exige uma linguagem especializada, o léxico precisa ser aquele reconhecido pelos seus usuários e os termos específicos de uma determinada área de conhecimento devem ser empregados. Nesse contexto de uso, adentramos, então, no campo dos estudos terminológicos, da Terminologia, que se estende para a Lexicografia especializada ou Terminografia, área de estudos que trata dos dicionários e glossários especializados. A Lexicografia é a ciência que tem por objeto o dicionário e seus congêneres. Os estudos lexicográficos podem ter enfoque teórico (análise e crítica) ou prático (elaboração ou observação de uso) e atualmente dividem-se em Lexicografia geral, Lexicografia bilíngue, Lexicografia especializada, Lexicografia pedagógica, Lexicografia histórica, Metalexicografia e Uso de dicionários. Ao abordar a Lexicografia bilíngue, naturalmente penetramos no campo dos Estudos da Tradução, uma vez que arrolar palavras de uma determinada comunidade linguística e dar a elas correspondentes utilizados por uma outra comunidade de falantes exige conhecimentos sobre a complexa arte do traduzir, que implica em saber inclusive o que é convencional em uma sequência de palavras e não pode ser interpretado pelo significado individual de cada item, mas sim pelo todo. Chegamos, então, no campo das combinações de palavras e frases feitas, dos estudos da Fraseologia e da Paremiologia, que abarcam desde as conhecidas expressões idiomáticas até os provérbios, passando pelas combinações que foram convencionalizadas pelos falantes daquele modo, sem que sejam consideradas idiomáticas no sentido de não transparente e muitas vezes são diferentes de língua para língua. Como por exemplo, as colocações (escovar os dentes, lavarsi i denti), os binômios (casa e comida/ vito e allogio), ou ainda, certas combinações que podem ser consideradas agramaticais pela ocorrência de palavras gramáticas (preposição, conjunção, advérbio) em posição inesperada como 'de vez em quando', em português, e 'tutti e due', em italiano. Enfim, este simpósio acolhe pesquisas de todas as áreas relacionadas aos estudos do Léxico, com enfoques linguístico, literário, no campo do ensino e no da tradução.

PALAVRAS-CHAVE: Léxico, Cultura, Ensino, Tradução

REFERÊNCIAS:
TAGNIN, Stella E.O. O jeito que a gente diz. São Paulo, Disal. 2013. 2ª Ed.
ISQUERDO, M. Aparecida et al. As Ciências do Léxico. Campo Grande, UFMS. Desde 2001, Volumes de I a VII. Revista GTLex online: http://www.seer.ufu.br/index.php/GTLex/issue/archive
Anais online dos Congressos da EURALEX: https://euralex.org/publications/

Língua e cultura de herança em comunidades de origem italiana

- Alessandra Regina Ribeiro (UNIOESTE - profalessandra.ribeiro@gmail.com)
- Fernanda Landucci Ortale (Universidade de São Paulo - ortale@usp.br)
- Giliola Maggio (Universidade de São Paulo - gilimaggio@gmail.com)
- Luciana Lanhi Balthazar (Universidade Federal do Paraná – lucianallbb@hotmail.com)

RESUMO: O objetivo deste simpósio é reunir pesquisadores que trabalham com a língua italiana em contextos em que houve imigração italiana. Os estudos apresentados poderão focalizar aspectos linguísticos, culturais e didáticos, questões da linguagem, identidade, etnia, diversidade e formação docente, relacionados à presença de imigrados italianos em diversos locais do Brasil. As consequências de sua chegada ao Brasil (mais de 4 milhões entre 1846 e 1932) podem ser percebidas não somente pela presença da língua italiana falada até hoje nessas comunidades, mas também em diversos outros setores da sociedade brasileira. Nesse sentido, o presente simpósio oportuniza a apresentação das diversas realidades brasileiras oriundas da imigração com a intenção de trocar experiências provenientes das pesquisas desenvolvidas nessas áreas e também como um espaço para debates sobre conceitos relacionados ao tema, tais como: língua de herança, formação de professores e ensino, discurso, identidade, memória e esquecimento, desvelamento, vergonha e orgulho, manutenção/substituição/revitalização linguística e políticas linguísticas. Em relação à formação docente (inicial e continuada), o simpósio pretende ser um espaço para a apresentação e debate sobre a produção de materiais didáticos a partir da realidade de cada comunidade de origem italiana como uma possível iniciativa de política linguística local. Acreditamos que o simpósio, por fim, possa contribuir para fomentar a discussão sobre a diversidade linguística nas comunidades de origem italiana, propondo ações concretas de preservação ou revitalização linguística, e ainda, estimular a possibilidade do diálogo com outros campos de saberes, bem como a linguística, sociolinguística, sociologia e história. Espera-se que, ao final do simpósio, sejam apontados encaminhamentos para atividades futuras com vistas a agregar pesquisadores da área.

PALAVRAS-CHAVE: língua de herança, discurso, identidade, políticas linguísticas

REFERÊNCIAS:
BALTHAZAR, Luciana Lanhi (2016). Atitudes linguísticas de ítalo-brasileiros em Criciúma (SC) e região. Tese de Doutorado.
CORRIAS, Vinicio (2019). Abrindo caminhos para o italiano língua de herança no Brasil: a formação de professores na perspectiva pós-método. Tese de Doutorado.
FORNASIER, Rosângela Maria Laurindo (2018). A produção de material didático para o ensino de italiano como Língua de Herança na perspectiva Pós-Método. Dissertação de Mestrado.
HAGÈGE, Claude. Não à morte das línguas. Instituto Piaget, 2001.
HALL, Stuart (2006). A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução Tomaz Tadeu da Silva, Guaracira Lopes Louro – 11 ed. – Rio de Janeiro: DPA.
MAGGIO, G.; ORTALE, F. L.; BACCIN, P. G. (2015). Identidade e bilinguismo em contexto de núcleo familiar de imigrantes italianos. Revista de Italianística, v.XXX, p.146 - 163.
ORTALE, Fernanda Landucci (2016). A formação de uma professora de italiano como língua de herança: o Pós-Método como caminho para uma prática docente de autoria. 162 f. Tese (Livre-docência) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo.
RIBEIRO, Alessandra Regina (2016). Descendentes de (i)talianos de Cascavel/PR: língua e cultura encobertas. Tese (Doutorado) Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Universidade de São Paulo, São Paulo.
SIGNORINI, Inês (2002). Língua(gem) e identidade: elementos para uma discussão no campo aplicado. São Paulo: Editora FAPESP.

Etica e creatività: insegnamento e valutazione in italiano L2/LS e negli approcci plurilingui

- Regina Célia da Silva (Universidade Estadual de Campinas - reginacsunicamp@gmail.com)
- Elisabetta Santoro (Universidade de São Paulo – esantoro@usp.br)
- Christian Degache (Universidade Federal de Minas Gerais - christian.degache@gmail.com)

ABSTRACT: Sebbene la triade etica, creatività e valutazione possa sembrare a prima vista insolita, lo è meno se si pensa che l'ethos, l'oggetto dell'etica, cioè quella serie di norme, codici e valori che implicitamente o esplicitamente orientano le scelte in tutte le sfere della vita umana, è il fondamento di ogni prassi. Riconoscere e sviluppare l'ethos della propria pratica è dunque un compito che il docente svolge nel corso di tutta la sua vita ogni volta che riflette sul suo ruolo rispetto al pubblico che ha davanti a sé, su ciò che effettivamente insegna, sulle proprie azioni, sulla scelta dei contenuti, su ciò che giudica pertinente e rilevante valutare, perché, come e a quale scopo. In questo senso, le scelte (i materiali adottati, i contenuti, le diverse strategie di valutazione) costituiscono gli elementi più importanti per il docente in generale e, in particolare, per chi insegna nell'ambito delle seconde lingue. Il docente, basando sulla sua creatività il modo di portare e presentare contenuti in classe, assume la posizione di curatore (Cortella & Dimenstein, 2015), cioè di colui che prende su di sé la responsabilità per il "taglio" dei contenuti che sono rappresentazione - sempre parziale e limitata - di una cultura e di una lingua. Anche nel contesto degli approcci plurilingui, dopo lo sviluppo di diverse strategie e metodologie dell'insegnamento simultaneo di diverse lingue che si afferma sempre di più come campo di ricerca in grado di contribuire allo sviluppo di un nuovo paradigma nell'ambito della glottodidattica, è opportuno affrontare l'aspetto della valutazione. Le domande che possiamo porci sono dunque: come valutare nuove pratiche e contenuti trattati in ambito accademico e non solo? Come giudicare le esperienze di apprendimento che puntano verso una ridefinizione del ruolo delle lingue nei vari e complessi settori e a fini diversi e specifici? Come può contribuire l'approccio plurilingue anche nella valutazione monolingue? Quali aspetti è necessario prendere in esame nella valutazione?
Sulla base di queste premesse, verranno accettate comunicazioni che suscitino discussioni:

• sulle ricerche e sulle esperienze svolte sul campo che riguardino pratiche e approcci monolingui e plurilingui e tengano conto della valutazione dei diversi aspetti della competenza comunicativa;
• sul ruolo che giocano le certificazioni "classiche" nella definizione del curriculum e sulle sfide affrontate dalle esperienze di valutazioni plurilingui (ad esempio, EVAL-IC);
• sui nuovi e creativi modi di valutare e verificare l'apprendimento in contesto monolingue, pensando in particolare all'italiano, e plurilingue, sia a distanza che presenzialmente.

PAROLE CHIAVE: Etica; creatività; valutazione; approccio monolingue e plurilingue

RIFERIMENTI BIBLIOGRAFICI:
BARNI, Monica. Etica e valutazione delle competenze in L2 (2005). In: VEDOVELLI, M. (org). Manuale della certificazione dell'italiano L2. Carocci, 2005. p.329-342.
ANQUETIL, Mathilde & VECCHI, Silvia (2016). Piattaforme di interazione per la didattica dell'intercomprensione, da GALANET e GALAPRO a MIRIADI: analisi di interazioni e "Référentiel de compétences en IC". In C. Cervini (Ed.), Interdisciplinarità e apprendimento linguistico nei nuovi contesti formativi. L'apprendente di lingue tra tradizione e innovazione. CeSLiC, Quaderni del CeSLiC, Atti di Convegni CeSLiC – 4, Selected Papers, http://amsacta.unibo.it/5069/
BONVINO, Elisabetta & FAONE, Serena (2016). Valutare le abilità ricettive. Che cosa ci insegna la comprensione tra lingue affini. Italiano a stranieri, Rivista semestrale per l'insegnamento dell'italiano come lingua straniera/seconda, n°21, p.20-25. https://www.researchgate.net/publication/310463263_Valutare_le_abilita_ricettive_Che_cosa_ci_insegna_la_comprensione_tra_lingue_affini.
DIMENSTEIN, Gilberto & CORTELLA, Mário Sérgio (2015). A era da curadoria. O que importa é saber o que importa! Campinas: Papirus.

Desafios e criatividade na literatura e na arte italianas: o fazer literário/artístico atento à defesa da ética

- Márcia de Almeida (Universidade Federal de Juiz de Fora - marcia.almeida@ufjf.edu.br)
- Doris N. Cavallari (USP - doriscavallari@gmail.com)

RESUMO: O presente Simpósio, considerando o tema geral do XVIII Congresso ABPI, "Ética e Criatividade na língua, na literatura e na cultura italiana", e tendo em vista as manifestações literárias e artísticas italianas, no passado e na contemporaneidade, busca promover um debate acerca da capacidade de invenção e reinvenção estética de autoras e autores frente a constantes ameaças aos princípios éticos que deveriam embasar a vida em sociedade. Nesse sentido, propõe-se uma reflexão sobre a reação de escritoras, escritores e outras/outros artistas diante de comportamentos humanos que, ontem e hoje, comprometem a vida nas suas configurações socioculturais sempre que se percebe um retrocesso em relação à promoção da igualdade social e à defesa dos direitos humanos. Esse retrocesso propicia, também, o surgimento, o renascimento e/ou o crescimento de preconceitos e estereótipos negativos, que não respeitam as alteridades (de classe social, de cultura, de gênero, de raça, de geração, de religião etc) e que dificultam a convivência em sociedade. Imbricada à discussão, está a investigação do modo como obras literárias e/ou artísticas demonstram sensibilidade em relação a problemas, deficiências e lacunas que prejudicam as perspectivas de desenvolvimento social e humano, conquistando um público inquieto e disposto a fazer da produção literária e artística um ponto de partida para promover mudanças paulatinas no convívio social. Lembrando-nos do que Paulo Freire afirma sobre a educação, poderíamos dizer que também as artes não transformam o mundo, mas ajudam a mudar as pessoas e elas transformam o mundo. Sob essa perspectiva, o Simpósio "Desafios e criatividade na literatura e na arte italianas: o fazer literário/artístico atento à defesa da ética" espera congregar trabalhos que ponham em discussão os critérios canônicos de eleição e exclusão de obras e de autores/autoras que, por meio de novas propostas estéticas na literatura e/ou na arte, exprimem suas e nossas inquietações quanto a essas questões e que defendem/motivam posturas sociais mais inclusivas e mais amplamente válidas. Desse modo, propõe-se avaliar a literatura e as outras artes em seu espectro mais amplo, ou seja, enfatizando o papel fundamental do fazer artístico para evidenciar comportamentos e tendências e sua relevância para manter vivo o debate em torno da convivência em sociedade e de sua perpétua necessidade de renovação e aprimoramento. Assim, serão bem-vindas contribuições teóricas e críticas; práticas revisionistas; análises de caráter interdisciplinar; abordagens comparativas; leituras com base nos estudos culturais, nos estudos de gênero, na crítica feminista e nos questionamentos pós-coloniais; interpretações segundo o ponto de vista dos estudos da tradução e iniciativas inovadoras.

PALAVRAS-CHAVE: literatura e arte italianas; ética; estética; direitos humanos

REFERÊNCIAS:
ARENDT, Hannah, As origens do totalitarismo. Trad. Roberto Raposo. São Paulo: Cia das Letras, 2009.
BONAVITA, Riccardo. Spettri dell'altro: Letteratura e razzismo nell'Italia contemporanea. Bologna: Il Mulino, 2009.
DADDARIO, Alma. Se scrivere potesse dire... Milano: Selene, 1999.
LOMBARDI-DIOP, Cristina e ROMEO, Caterina. L'Italia postcoloniale. Milano: Mondadori, 2014.
MAKAPING, Geneviève. Traiettorie di sguardi: E se gli altri foste voi? Soveria Mannelli: Rubettino, 2001.

Dialoghi con Primo Levi nel centenario della nascita. Narrativa, pensiero, critica nel panorama letterario italiano del secondo Novecento

- Anna Basevi (Universidade Estadual do Rio de Janeiro /FAPERJ - annabasevi@hotmail.com)
- Andrea Lombardi (Universidade Federal do Rio de Janeiro - lombardi.andrea@gmail.com)
- Sara Debenedetti (Universidade de São Paulo/Scuola italiana Eugenio Montale, S.Paulo – sea.debenedetti@gmail.com)

ABSTRACT: A cent´anni dalla nascita e a trentadue dalla morte, Primo Levi è ormai consacrato come uno dei grandi scrittori del Novecento italiano, e uno dei principali, se non il maggiore scrittore-testimone a livello mondiale, come dimostrano le sempre nuove edizioni e traduzioni. Il critico Marco Belpoliti avverte di non leggere Levi solo dal punto di vista del Lager e di vedere Auschwitz come "lente di ingrandimento" per comprendere la condizione umana. Lo definisce inoltre come "uno dei grandi scrittori-antropologi del dopoguerra", "uno scrittore di tutti" benché facilmente frainteso. Come ormai la critica italiana– da Belpoliti a Cavaglion, da Scarpa a Barenghi - ha fatto notare, la chiarezza dello stile, meno assoluta di quel che si crede, non impedisce infatti stratificazioni e complessità letteraria. L'importanza stessa della testimonianza si inserisce in una cornice tutta letteraria, quella di "colui che racconta", dello scrittore che, narrando l´esilio, la guerra, la deportazione, l'esperienza traumatica, fa capo a Ulisse o al Vecchio Marinaio di Coleridge:

La speranza di sopravvivere coincide insomma con la speranza ossessiva di far sapere agli altri, di sedere accanto al fuoco, attorno alla tavola, e raccontare: come Ulisse alla corte del re dei Feaci, come Silvio Pellico sopravvissuto allo squallore dello Spielberg, come il Ruzante ritornato dalla battaglia, come il soldato di cui parla Tibullo, che narra le sue imprese e "sulla tavola dipinge l´accampamento con il vino'; e come l´altro indimenticabile soldato descritto da Eduardo De Filippo, che dalla Germania ritorna "paese paese" nella Napoli famelica e 'milionaria' dell'immediato dopoguerra, e cerca invano chi lo ascolti. Il racconto del reduce è un genere letterario (LEVI, Primo. Opere complete 2. Torino: Einaudi, 1997, p.1349)

La sezione intende includere ogni tematica inerente all´opera di Levi; invita, inoltre, gli studiosi di altri autori/autrici ad intraprendere il dibattito con un´ottica di confronto-dialogo con lo scrittore torinese intorno a questioni e spunti fecondi come ad esempio: letteratura e storia; meccanismi di poteri totalitari; letteratura e prigionia; il racconto del trauma come genere letterario, la testimonianza; leggi razziali e fascismo; il ritorno dei reduci e dei sopravvissuti; esili e diaspore in narrativa; l´Italia del dopoguerra e i profughi; intertesto con l´Inferno dantesco e l´Odissea in scrittori italiani; racconti fantastici e fantascientifici tra tecnologia, allegoria e distopia; cultura umanistica e cultura scientifica in letteratura; conflitto letterario tra espressionismo e sobrietà stilistica (nel caso di Levi, diatriba Manganelli-Levi su scrivere chiaro e scrivere oscuro); lo sguardo etno-antropologico di scrittori e ibridazioni saggistiche; l´esperienza editoriale dell´Einaudi dal 1947; questioni di traduzione. Ogni punto - e se ne potranno aggiungere altri - riguarda direttamente l´opera primoleviana ed è al contempo in grado di coinvolgere altri/e autori/autrici (come Bassani, Liana Millu, Carlo Levi, Calvino, Rigoni Stern, tra gli altri). Puntare sul dialogo, d´altra parte, ha sempre costituito per Levi stesso una resistenza a ogni divisione discriminatoria tra "noi" e "loro", all´appiattimento che nega il pensiero critico, all´uso irresponsabile delle tecnologie e della scienza. Tutte derive presenti nella narrativa e nelle sue analisi, dai libri di testimonianza ai racconti fantastici.

PAROLE CHIAVE: letteratura italiana; Novecento; Primo Levi.

RIFERIMENTI BIBLIOGRAFICI:
BELPOLITI, Marco. Primo Levi, di fronte e di profilo. Milano: Guanda, 2015.
CORTELLESSA, Andrea. "Intervista a Marco Belpoliti: Le alchimie di Primo Levi il centauro. Belpoliti parla dell´autore di 'Se questo è un uomo'". In Unità, 26-01-2000 p.17.
LEVI, Primo. Opere, vol 1 e 2. (a cura di Marco Belpoliti). Torino: Einaudi, 1997.

Literatura e arte no pensamento italiano contemporâneo

- Patricia Peterle (Universidade Federal de Santa Catarina/CNPq - patriciapeterle@gmail.com)
- Aline Fogaça (Universidade Federal do Rio Grande do Sul - alinefogacareis@gmail.com)
- Égide Guareschi (Universidade Federal Tecnológica do Paraná - egideguareschi@gmail.com)
- Elena Santi (Universidade Federal de Santa Catarina – es.elenasanti@gmail.com)

RESUMO: O Simpósio Literatura e arte do pensamento italiano contemporâneo tem como objetivo propor uma discussão transdisciplinar das relações entre literatura, arte, antropologia, filosofia e sociologia. A literatura é carregada de marcas, indícios, rastros que falam sobre o homem, sobre sua relação com o fora, tecendo uma complexa e imbricada trama cultural em constante diálogo com o espaço das diferenças. A partir desses pressupostos, pretende-se debater sobre as conexões e relações entre literatura, arte e pensamento como aberturas, territórios porosos e ruinosos e, sobretudo, como um laboratório de experiências com – na – da linguagem. Pensar a linguagem, de fato, é entrar no âmago da experiência humana, é penetrar num espaço misterioso e, ao mesmo tempo, necessário e fugaz, indecidível, como aponta Giorgio Agamben em O fogo e o relato. A anacronia é um instrumento decisivo, nesse sentido, para a leitura de um evento, da mesma forma que a reflexão sobre a contemporaneidade do não-contemporâneo não deixa de ser um dos traços marcantes do pensamento italiano; ou seja, o de colocar-se, exatamente, numa convergência de tensões entre sincronia e diacronia. A relação com a origem pode-se dizer que é um de seus núcleos originários, e é por isso que os autores que inscrevem a tradição cultural italiana a partir de Dante não escapam, por exemplo, a uma reflexão sobre a língua ou sobre a mais conhecida "questione della lingua". É nesse sentido que Roberto Esposito, em Da Fuori, afirma que o pensamento italiano, como sua própria língua, elabora uma multiplicidade de soluções e de linhas de fuga, que nasce da convivência do italiano clássico com outras línguas, desde o latim até os dialetos e as línguas locais. O pensamento pode ser visto, assim, como uma operação com a linguagem, que desativa a própria linguagem e deixa inoperantes as funções comunicativas e/ou informativas, possibilitando assim um novo uso. É esse traço híbrido, heterogêneo, experimental e, até, espectral que caracteriza não somente algumas obras artísticas, mas o próprio "movimento" do pensamento. De Dante Alighieri a Ludovico Ariosto, Giorgio Manganelli, Franco Fortini, Gianni Celati, Elsa Morante, Vittorio Sereni, Eugenio Montale, Giorgio Caproni, Giovanni Raboni, Pier Paolo Pasolini, Aldo Palazzeschi, Antonella Anedda, Patrizia Cavalli, Enrico Testa, Maria Grazie Calandrone, Mariangela Gualtieri, Alda Merini, Laura Pugno e de Machiavelli, Vico, Giordano Bruno a Giorgio Agamben, Franco Rella, Roberto Esposito, Massimo Cacciari, Dario Gentili, Enrica Lisciani-Petrini, Andrea Cortellessa, a produção italiana vem expondo e colocando essa problemática. A proposta deste Simpósio está relacionada ao projeto homônimo da Escola de Altos Estudos da CAPES, realizado pela UFSC e pela USP.

REFERÊNCIAS:
AGAMBEN, Giorgio. O fogo e o relato. Trad. Patricia Peterle e Andrea Santurbano. São Paulo: Rafael Copetti Editor, 2018.
ESPOSITO. Roberto. Da Fuori: una filosofia per l'Europa. Torino: Einaudi, 2016.

Ecos leopardianos no sistema cultural de língua portuguesa

- Gisele Batista da Silva (Universidade Federal do Rio de Janeiro - giselebatista@letras.ufrj.br)
- Andréia Guerini (Universidade Federal de Santa Catarina - andreia.guerini@gmail.com)

RESUMO: Estima-se que a obra e o pensamento de Giacomo Leopardi, autor italiano revisitado por escritores, intelectuais e pela crítica literária há quase dois séculos, tenha circulado por quase todos os sistemas culturais do mundo ocidental. Do ponto de vista filológico, filosófico e poético, dentre muitos outros olhares, o escritor de Recanati, que teve um dos poemas mais traduzidos na história da literatura – "L'Infinito" –, dialogou com os mais variados intelectuais, antes e depois de sua morte. Encontram-se ecos de sua presença na Europa, já a partir do século XIX, principalmente na Alemanha e na França, mas também em Portugal e em países da América Latina, como o Brasil. Por isso, o foco deste simpósio é mapear os possíveis ecos da presença de Leopardi no sistema cultural da língua portuguesa, dos países que compõem a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP): Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e, claro, no Brasil. Este simpósio pretende recolher contribuições que tratem da relação de Giacomo Leopardi – de sua obra e pensamento – com diferentes autores de expressão de língua portuguesa, bem como trabalhos que tratem das traduções em português da obra do escritor italiano, analisando a sua recepção nesses países.

PALAVRAS-CHAVE: Giacomo Leopardi; sistema cultural português; recepção; tradução

REFERÊNCIAS:
BATCHELOR, Kathryn. Translation and Paratexts: Paratexts and Translation Theory. New York: Routledge, 2018.
CASANOVA, Pascale. A República Mundial das Letras. Tradução de Marina Appenzeller. São Paulo: Estação Liberdade, 2002.
EVEN-ZOHAR, Itamar. Polisistemas de Cultura. Tel Aviv: Laboratorio de Investigación de La Cultura, 2007.
GENETTE, Gérard. Paratextos editoriais. Tradução Álvaro Faleiros. Cutia. São Paulo: Ateliê Editorial, 2009.
GUERINI, Andréia. "Leopardi nel sistema culturale portoghese/Leopardi no sistema cultural português". In Revista Appunti Leopardiani n. 15/2018-1: http://www.appuntileopardiani.cce.ufsc.br/ LUCCHESI, Marco. Leopardi, poeta do infinito. In: Revista USP, São Paulo, nr.43, p.146-155, setembro/novembro de 1999.
MANFIO, Diléia Zanotto. La Fortuna del Leopardi nella cultura Brasiliana. 1978. 252 f. TCC (Graduação) - Curso de Lettere e Filologia, Departamento de Istituto di Filologia e Letteratura Italiana, Università Degli Studi di Padova, Padova, 1979.
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ZILBERMANN, Regina. Estética da recepção e história da literatura. São Paulo: Ática, 1989. 124p.

Traduzir é trair? Ética na tradução: limites e alcances

- Alcebiades Martins Areas (Universidade Estadual do Rio de Janeiro - bideareas@gmail.com)
- Maria Aparecida Cardoso Santos (Universidade Estadual do Rio de Janeiro - cardoso.aparecida@gmail.com)
- Guido Alberto Bonomini (Universidade Federal Fluminense - wildoalberto@yahoo.com.br)

RESUMO: A partir da leitura de obras que visam a apresentar teorias da tradução e a discutir as técnicas envolvidas no processo tradutório, ocasionalmente é possível deparar-se com a questão subjacente do estabelecimento de identidade entre o texto de partida e aquele de chegada. Esse conceito identitário tem por escopo estabelecer um ideal a partir do qual a leitura de um texto traduzido deve fluir – tanto quanto for possível – de modo natural como se o leitor estivesse diante de uma obra produzida em sua própria língua. Nesse caso, ao ler em português obras produzidas originariamente em outras línguas, o leitor deveria poder fazê-lo sem que houvesse os indesejáveis ruídos e complicadores textuais no que concerne à coesão, à coerência e à construção do sentido. Esses ruídos e complicadores textuais podem ser provocados por problemas tradutórios que envolvem desde as escolhas lexicais até possíveis supressões motivadas pelas mais variadas questões como, por exemplo, conhecimento de mundo limitado. A limitação do conhecimento de mundo é responsável pela não compreensão de dados contextuais e essa falta de compreensão, especialmente se estiver associada à ausência de habito da pesquisa, pode impedir a escolha de vocábulos ou expressões adequados à língua de chegada. Essa limitação, que costuma ser mais comum para o tradutor neófito, mas que também pode ser verificada em tradutores mais consolidados, pode suscitar reflexões variadas sobre o processo de tradução. As reflexões surgidas conduzem a questionamentos e os questionamentos, não raro, acabam por entrar na seara da ética como princípio que motiva, distorce, disciplina ou orienta o comportamento humano e que se estende até a prática profissional que, nesse simpósio, é a prática profissional do tradutor. O tradutor, ao exercer seu mister, se envolve com questões variadas dentre as quais se encontra a ética. Traduzir um texto não é uma tarefa da qual se saia impune e o tradutor sabe disso muito bem, especialmente tendo em vista os inúmeros dilemas que a tradução impõe e que são amplamente discutidos pelos autores e obras cuja essência está ancorada no debate sobre métodos e metodologias da tradução. Traduzir pressupõe escolhas e, muitas vezes, adaptações. Escolher e adaptar são atividades que flertam tanto com a ética quanto com a não ética e a escolha cabe única e exclusivamente ao tradutor uma vez que ao leitor, sobretudo o leitor comum, não é dado conhecer os subterrâneos linguísticos da tradução. Nesse sentido, o que seria ético e o que não seria ético em tradução? Poderia o tradutor deixar que convicções pessoais extrapolassem o princípio filosófico da ética e influenciassem o seu trabalho? É possível ser imparcial em tradução ou as escolhas lexicais do tradutor são um impeditivo ao trabalho isento? É possível ao tradutor traduzir sem se envolver? Quais os limites que se impõem entre o conhecimento do tradutor e a ingenuidade do leitor? Essas são as questões que pretendemos debater no simpósio que propomos com o fito de trazer a ética para o estudo da tradução por considerá-la como um tema bastante atual em tempos polifônicos.

PALAVRAS-CHAVE: Tradução. Ética. Limites da Tradução. Escolhas do Tradutor

REFERÊNCIAS:
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Traduzione e traduttori fra Italia e Brasile dal 1900 a oggi

- Ana Maria Chiarini (Universidade Federal de Minas Gerais - anachiarini@gmail.com)
- Anna Palma (Universidade Federal de Minas Gerais - floripalma@gmail.com)
- Silvia La Regina (Universidade Federal do Sul da Bahia/Universidade Federal da Bahia - silvialaregina@gmail.com)

ABSTRACT: Questo simposio si propone di raccogliere riflessioni e analisi originali su rappresentanti dei vari linguaggi artistici - autori, opere o movimenti nel ventesimo e ventunesimo secolo fra Italia e Brasile nell'ambito degli studi di traduzione e dei rapporti fra le due nazioni e le loro arti o fra le varie arti in prospettiva intersemiotica. Ancora, la figura del traduttore come autore e come personaggio; i rapporti fra le nazioni tra politica, etica e scambi letterari e culturali; la censura; i movimenti d'avanguardia e la loro permeabilità alle intersezioni fra le diverse arti. L'apertura è propositamente ampia, giacché si vuole dare spazio agli studi di traduzione che coinvolgono le culture e le varie espressioni artistiche di questi due paesi, cioè la maniera con cui idee, testi artistici, autori, editori, cinema, critici, norme e censure varie, coinvolti nelle diverse tipologie di traduzioni intertestuali e intersemiotiche, hanno contribuito alla creazione dei diversi linguaggi artistici da un lato all'altro dell'Atlantico e all'interno delle due nazioni dal 1900 ad oggi.

PAROLE CHIAVE: traduzione; testi artistici; censura; etica; politica

RIFERIMENTI BIBLIOGRAFICI:
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______. The translation studies reader. 2ª ed. New York and Oxon: Routledge, 2004.