TÍTULO DO SIMPÓSIO:
Uso das tecnologias digitais no ensino-aprendizagem de italiano L2: desafios, práticas e possibilidades de interação homem-máquina
Carolina Grandino Pereira de Morais - Mestre/USP
O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma síntese da dissertação de Mestrado, defendida em agosto de 2024, pelo Programa de Pós-Graduação em Língua, Literatura e Culturas Italianas, da Universidade de São Paulo (USP), que teve como objetivo entender como o ensino-aprendizagem do italiano pode ser feito através do uso de recursos digitais, promovendo a autonomia do professor e do aluno. O trabalho se concentrará nos aspectos metodológicos da análise dos recursos.
Foram selecionados dez recursos digitais, em seguida foi feita uma análise crítica desses e também uma proposta de atividade autoral apresentada por meio de vídeo-tutorial e disponibilizado em um site criado para a divulgação da pesquisa.
A pesquisa foi fundamentada na abordagem humanista-afetiva (BORNETO, 1998:2018), na pedagogia Pós-Método (ORTALE, 2023; ORTALE, FERRI E SILVA, 2021) e nas metodologias ativas (BACICH e MORAN, 2018) como a gamificação (QUAST, 2020).
Ao pesquisar recursos digitais corre-se o risco de ter uma pesquisa obsoleta em pouco tempo, visto que esses estão em constante transformação. Por conta disso, buscou-se entender como esses recursos digitais podem ser utilizados nas práticas didáticas. Para isso tivemos contato com dois modelos tecno-educacionais, o modelo TPACK (Technological Pedagogical Content Knowledge – Conhecimento Tecnológico-Pedagógico de Conteúdo), e o modelo SAMR (Substituição, Aumento, Modificação e Redefinição). Além desses modelos, também levamos em consideração o que Balboni (2023, p. 23-25) chama de tecnologias para importar, fixar e conectar.
Para que esta pesquisa não se perdesse, caso os recursos selecionados deixassem de existir, analisamos cada um a partir da sua usabilidade, engajamento, acessibilidade, pontos positivos e negativos, que devem ser observados ao escolher um novo recurso digital. Permitindo ao professor a autonomia de selecionar aquele que desejar e criar a atividade da melhor maneira possível.
PALAVRAS-CHAVE: Recursos educacionais digitais, língua italiana, pedagogia pós-método, autonomia
REFERÊNCIAS:
BACICH, Lilian; MORAN, José (Orgs.). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018.
BALBONI, Paolo. Le “nuove” sfide di Babele. Insegnare le lingue nelle società “liquide”: Manuale di (auto)formazione per insegnanti di lingue straniere. Milão: UTET, 2023
BORNETO, Carlo Sera. C’era una volta il metodo – Tendenze attuali della didattica delle lingue straniere. Roma: Carocci, 2018.
ORTALE, Fernanda Landucci; FERRI, Solange Aparecida Cavalcante; SILVA, Marcos Airam Ribeiro e. A Pedagogia Pós-Método: o ensino de línguas como compromisso político para além da sala de aula. Revista de Italianística, [S. l.], n. 42, p. 176-189, 2021. DOI: 10.11606/issn.2238-8281.i42p176-189. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/italianistica/article/view/185215. Acesso em: 02 de julho de 2025.
ORTALE, Fernanda Landucci. Introdução ao pós-método no ensino de línguas.
Campinas: Pontes, 2023.
QUAST, Karin. Gamificação, ensino de línguas estrangeiras e formação de professores. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, v. 20, n. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, 2020 20(4), p. 787–820, set. 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbla/a/DrWQRMFcSp936SzqMtx4WZC/. Acesso em 02 de julho de 2025.