Dedicam-se a refletir sobre o ensino de italiano nas escolas e sobre o papel da (inter)cultura os artigos contidos neste número 42 da Revista de Italianística, que observam, em quase todos os casos, o contexto da escola pública e partem de experiências realizadas no Brasil, mas também na Itália, cujos resultados podem ser estendidos a outras situações de ensino. De fato, a maneira como o ensino de línguas adicionais acontece na realidade pode ter efeitos determinantes e é inegável a centralidade de professoras e professores, que, nesse processo, são aqueles que cotidianamente constroem novos caminhos.

A formação específica é discutida em vários dos estudos apresentados, que analisam contextos e escolhas e avaliam suas consequências no ensino de línguas. Também em um momento tão peculiar quanto aquele do contexto pandêmico, com as mudanças radicais que provocou no ensino, repentinamente transferido da sala de aula a uma tela de computador, a constante reflexão sobre a prática didática e seu(s) sentido(s) e as escolhas feitas com a consciência de que as línguas vão muito além da gramática podem produzir profundas transformações.